quinta-feira, 22 de janeiro de 2009


Blog 22/01/09 por Fábio de Oliveira


Tríade espírita



Falar sobre espiritismo é realmente algo que nos traz um conforto à nossas almas, pois bem sabemos que este é o consolador prometido e como tal, fala-nos sobre as coisas do mundo, da alma e do universo. Algo tão completo não poderia ser chamado unicamente de ciência, filosofia ou religião e devida sua clareza de informações, e a quantidade de informações disponibilizadas pelas cinco codificações básicas primeiramente, se devia chamá-la de 3º revelação.
O livro dos espíritos possui um caráter filosófico, já os livros dos médiuns e a gênese segundo espiritismo possuem uma visão científica e o Evangelho segundo espiritismo um caráter religioso. Todos se completam de alguma forma a fim de passar uma mensagem racional ao nível de entendimento cristão. A racionalidade é a base dessa doutrina que através das três matérias, Religião, ciência e Filosofia, buscam a todo o momento e de maneira ímpar, a revelação que nos vem complementar a lei do amor, dando ferramentas de reflexão para o autoconhecimento de forma que não haja qualquer tipo de violência contra nós e principalmente , contra o próximo.
Quando se fala nas três pernas que sustentam nossa grande doutrina, muitos pensam na independência entre nossas três matérias, algo que erroneamente produz alguma confusão nas horas de estudos. Ouvimos muitos companheiros falando que precisa estudar um pouco mais de religião, pois até aquele momento só tinha sido estudado por ele, o caráter filosófico ou científico. Fala como se estivesse correndo em erro, pois em sua mente, há a independência na base da doutrina espírita, coisa que sabemos não ser verdade.
A filosofia é a matéria que fala sobre o pensamento humano e sua projeção ao meio em que vivemos. Quando estudamos através do livro dos espíritos, nos temos a visão de outra dimensão, de outra existência que habita fora de nossa realidade, mas que dela fazemos parte também. Seu caráter religioso está na sua causa, pois são afirmativas vindas de Deus para esclarecermos a respeito de quem somos e a aonde vamos. Seu caráter científico está na pesquisa e no assunto sobre a matéria e suas variações e as dimensões na qual ela faz parte. Notamos que dentro do livro dos espíritos e das outras quatro obras, encontramos a essência do Espiritismo sendo impossível falar de um, sem recorrer aos outros elementos que a constituem.
Evangelho Segundo Espiritismo: Fala-se sobre história que também é ciência, e sobre as parábolas que nos reflete a filosofia do amor cristão e que nos religa a Deus, religião.
Livros dos Médiuns e A Gêneses: Fala-se sobre criação divina, mensagens do plano astral que nos religa a Deus, a certeza de um ser onipresente, onipotente e criador do universo, assim como a crença na espiritualidade dando-nos uma filosofia de viver na crença da vida após a morte. E fala sobre os mecanismos do processo mediúnico e da criação do universo, ciência.
Notamos que tudo está entrelaçado , pois foram necessárias a codificação das cinco obras básicas para termos uma visão do todo sem retirar toda a sua essência de cada uma das obras citadas.

sábado, 18 de outubro de 2008

Ensaio sobre mediunidade








Ensaio



Mecanismos da mediunidade



Por Fábio Oliveira
Co-autora: Giselle Oliveira



Desenvolvimento:

A mediunidade está para o Espiritismo assim como o microscópio está para o cientista, a luneta está para o astrônomo ou a caneta está para o escritor, sendo elementos importantes para atividades relacionadas, a mediunidade possui também, a características indispensável na realização da comunicação entre os dois mundos, físico e material. Elemento usado pelo Espiritismo desde sua concepção através das pesquisas de Allan Kardec e posterior codificação, tem na sua evolução, uma dos principais objetivos das pesquisas espíritas científicas, feitas pelos grupos doutrinários das casas e também hoje em dia, pela ciência materialista.
A origem da faculdade mediúnica se mistura com a da humanidade. A partir da primeira consciência de si mesmo surgido na terra e vinda de séculos de evolução, possibilitou ao homem ou o pré – homem o desenvolvimento da mediunidade primitiva. Nota-se que esta faculdade não é exclusividade da doutrina dos espíritos e sim, uma lei natural exercida pelo homem. Nada tem de paranormal, pois é do espírito e limitada pelo organismo e inerente ao médium, tendo a mente, propriedades para desenvolver essa faculdade, dentro de estudos sérios e das práticas seguras.
Muito se fala sobre fenômenos mediúnicos e fenômenos anímicos, mas poucas diferenças existem entre ambos, pois o desdobramento da consciência se faz necessária para os dois fenômenos, o primeiro tem a participação de um agente desencarnado e o médium, o segundo geralmente é realizado pelo próprio espírito do médium, muita das vezes de encarnado pra encarnado nos casos de telepatia. Todos os trabalhos de comunicação mediúnica têm por regra, segundo Kardec, a participação em algum grau do médium, sendo impossível a total passividade no trabalho, isso se chama animismo.
A análise dessa interferência causada pelo médium é de vital importância no desenvolvimento, sendo o estudo do processo, instrumento para a total compreensão do mecanismo de comunicação e sua segurança. O médium precisa ter a capacidade de controlar com responsabilidade e filtrar as informações que estejam dentro dos postulados cristãos e em caso de trabalhos de desobesessão, evitar exageros possíveis de irmãos em estágios de inferioridade moral.
A ciência espírita já nos dá uma visão do circuito fechado mediúnico, fazendo uma grandiosa analogia entre o circuito elétrico, suas características e elementos que formam e produzem corrente elétrica devido a diferença de potencial entre dois pólos. André Luiz no livro Mecanismos da Mediunidade faz a comparação de forma grandiosa e inteligente, a fim de basear o entendimento sobre algo já conhecido pelo homem. Acima na fig. 1.0, veremos a similaridade entre os dois circuitos:


Basicamente temos um circuito de corrente direta na qual uma bateria fornece corrente para uma lâmpada produzindo luz. No caso do circuito mediúnico, o espírito comunicante faz às vezes da pequena bateria e a lâmpada a do médium atuante.
Temos o fio condutor por onde flui a corrente contínua no circuito elétrico, já no circuito mediúnico, o condutor é o meio, ou seja, o fluido que nos envolve e que faz parte do princípio de tudo que conhecemos, exceto a constituição do espírito. A corrente de pensamento é o agente causador da indução no médium, produzido pela vontade do espírito comunicante e sintonizado pela afinidade do médium, através do complexo glandular, epífise – hipófise no corpo carnal, coronário e frontal no perispírito e chamados de sistema transdutor de freqüências ondulatórias fazendo a analogia com o rádio comum.
A resistência que cada circuito possui é proporcional ao elemento do fio condutor, sua espessura, material e comprimento. No caso do circuito mediúnico, a resistência é proporcional a qualidade moral e intelectual do médium, seus procedimentos antes do trabalho, sua alimentação e principalmente o tipo de pensamentos que cultivou durante e antes a comunicação.
Por último e não menos importante, o dispositivo de fechamento do circuito, ou seja, o interruptor fazedor da chegada da corrente a lâmpada. No sistema mediúnico, a chave pode ser interpretada segundo André Luiz, pela aceitação e conscientização da faculdade mediúnica que possui cada irmão e o seu compromisso perante a seara do Senhor, podendo a mesma ser fechada de maneira consciente e voluntária, característica essas dos trabalhadores e estudiosos, como a mesma pode ser fechada de maneira inconsciente e perigosa, características essas dos leigos.



Faça sua escolha...




sexta-feira, 2 de maio de 2008

As diferenças que estruturam

Polêmica.


No ano de 2005, era definida a lei 11.105 de Biossegurança para regulamentar as pesquisas voltadas a saúde dentro da ética prevista pelo grau de desenvolvimento técnico e moral humano. A ciência brasileira daria um passo para maturidade em suas pesquisas e seguraria leis que demonstram os limites dos meios em favor dos resultados benéficos das pesquisas para curas de doenças que afetam o homem. O art 5 da lei de Biossegurança traz um ponto importante neste desenvolvimento, fala da possibilidade de usar embriões para pesquisas, desde que este esteja congelado a mais de 3 anos e que seja proveniente da fertilização artificial em processos de reprodução assistida e que tenha o concentimento dos pais e autorização dos orgãos de saúde responsáveis.

As pesquisas com células -tronco são as que mais se beneficiariam com o art. 5 da lei, pois é de conhecimento que as tais referidas células são produzidas de dois tipos: células-tronco adultas e células-tronco embrionárias, a primeira sendo retiradas de tecidos de orgãos afetados, da medula óssea e da placenta. Já as CTE para sua obtenção é necessária na maioria dos casos a total destruição do embrião de onde foi retirada.

A comunidade científica especula a real eficiência da célula-tronco embrionária em relação a célula-tronco adulta, partindo do ponto da dificuldade real e comprovada por pesquisas que obteram um percentual considerável de mutação das CTE implantadas nos organimos de ratos, usados nas pesquisas. Essas mutações causam determinadas predisposicões a formação de tumores e cânceres, sem falar na rejeição natural entre organismos diferentes .

Já os avanços com células-tronco adultas são mais significativos, pois pesquisadores estão dando maior ênfase as essas pesquisas, pois o grau de complicação é zero e são de fácil manejo e comportamento estável, devido serem parte do mesmo sistema orgânico.Mas não é somente esta dificuldade que os favoráveis ao desenvolvimento das pesquisas com CTE têm que enfretar, a religião também se encontra na briga em favor da ação de inconstitucionalidade feita no mesmo ano pelo procurador geral e católico que afirma a falta de respeito perante a vida devida a destruição de embriões, esta que a igreja católica, alega ser uma vida em desenvolvimento. Conforme a igreja , a vida se inicia no momento da concepção e por tal, a ciência brasileira não deve ter o direito de pesquisar por este método, pois o embrião já possui alma ,sendo assim, possui direito a vida tutelado pela Constituiçao Federal.



Qual a posição do Espiritismo?



Os princípios básicos da espiritualidade kardecista defedem o direito pela vida levando em consideração a lei da causa e efeito respeitando a livre escolha de ações, e junto com o mecanismo da reecarnação norteam as explicações sobre a complexidade da vida e sua condição de progresso.

Mesmo tendo suas diretrizes tão firmes e claras, dentro do movimento há uma divisão sobre a polêmica da terapia de células-tronco embrionárias e principalmente, sua produção.




Os que são contra.



Encabeçando os que são contra, temos a Associação de Médicos Espíritas que defendem a não destruição dos embriões no caso das pesquisas de CTE. Alegam também, a ineficiência dessas pesquisas e sua complicações, pois é um preço muito alta que a ciência paga, destruindo a oportunidade e pricipalmente o direito da reecarnação de espíritos em processo de reequilíbrio de sua existência e progresso. No livro dos Espiritos, questão 344, kardec fala sobre o momento onde podemos aceitar o início da ligação do complexo espírito-perispírito com a matéria (Zigoto), o espírito reencarnante maquinetiza através do pensamento o óvula que será fecundado, fazendo com que o espermatozóide ideal, ou seja, que tenha todas as condições e características de fornecer as informações genéticas necessárias pra ser o instrumento perfeito do irmão reecarnante,e através do processo de mitose, o corpo em desenvolvimento tenha codições potenciais diante ao merecimento do espírito(condição). Nota-se assim que a influência do espírito reecarnante se dá muito antes do momento da concepção(André Luiz), ratificando ainda mais a posição dos obreiros espíritas que possuem essa posição.



Os que concordão.



Desda publicação do primeiro exemplar doLivros dos espíritos até aqui, muito se criou e coisas novas apareceram em todas as áreas, a ciência foi o grande instrumento de mudanças na vida e comportamento humano, no século XIX a única maneira de produzir uma criança seria pelos meios naturais, onde o ato sexual se faz presente. Hoje podemos ter uma produção assistida com fertilização in vitro, ou seja , em laboratório, na qual a fertilização não ocorre mais no organismo materno e sim, em laboratório de maneira artificial. Geralmente o médico fertiliza vários óvulos para que se tenha uma quantidade segura e só depois, os "melhores" são transferidos para o útero marterno e em quantidade definida por lei, máximo de quatro. O restante serão congelados em câmeras criogênicas por um tempo determinado e após 3 anos, com autorização dos pais, estarão disponíveis pra pesquisas, inclusive as da CTE. Será que nos embriões congelados, também terá um espírito congelado?Kardec na questão 356 do livro dos Espíritos, fala da possibilida de natimorfos não terem nenhum espírito reencarnante ligados a ele, ou seja , um embrião sem espírito e que foi fecundado. Na questão 344 do mesmo livro, o espírito esclarece que quando há um espirito, ele se liga no momento da fecundação, mas não afirma em nenhum ponto que é só neste momento que isso ocorre, e que toda fecundação ou fertilização existirá um espírito pra reecarna. No caso da fertilização em laboratório, as informações últimas vinda do plano espritual conforme alguns médiuns respeitáveis, a ligação do complexo espírito-perispírito ao corpo(zigoto) se dá no momento que o óvulo é introduzido ao campo materno.



Debate.



A ciência é parte integrante do Espiritismo e sem ela, a doutrina se torna somente mais uma religião dogmática, e a Ciência sem o Espiritismo, perde a possibilidade de entender questões em que somente pelo princípio da matéria, não seria possível explicar. Segundo kardec no livro da Gêneses, fala que se a Ciência em algum momento da história vier a desmentir a doutrina, então será o Espiritsmo que deverá mudar pra se adequar aos novos conceitos. Então pensando dessa forma, sendo o espiritismo formado pela processo de observação experimentais e que como tal, não se pode e nunca tomará uma posição contra ao desenvolvimento científico, desde que esteja sua ações, baseadas em princípios éticos. Quem toma uma posição são as pessoas, e não o Espiritismo, frase segundo Mauro Gomes, pos nem tudo foi revelado e muito mais será dito, é só aguardar o momento e as escolhas da humanidade como pensamento único. Enquanto isso, o debate entre os obreiros da seara do Senhor se faz necessário, pos só assim a doutrina se desenvolve em bases sólidas fornecendo uma Fé inabalável que poderá enfrentar a razão fase a fase em qualquer época da humanidade segundo Alan kardec.