sábado, 18 de outubro de 2008

Ensaio sobre mediunidade








Ensaio



Mecanismos da mediunidade



Por Fábio Oliveira
Co-autora: Giselle Oliveira



Desenvolvimento:

A mediunidade está para o Espiritismo assim como o microscópio está para o cientista, a luneta está para o astrônomo ou a caneta está para o escritor, sendo elementos importantes para atividades relacionadas, a mediunidade possui também, a características indispensável na realização da comunicação entre os dois mundos, físico e material. Elemento usado pelo Espiritismo desde sua concepção através das pesquisas de Allan Kardec e posterior codificação, tem na sua evolução, uma dos principais objetivos das pesquisas espíritas científicas, feitas pelos grupos doutrinários das casas e também hoje em dia, pela ciência materialista.
A origem da faculdade mediúnica se mistura com a da humanidade. A partir da primeira consciência de si mesmo surgido na terra e vinda de séculos de evolução, possibilitou ao homem ou o pré – homem o desenvolvimento da mediunidade primitiva. Nota-se que esta faculdade não é exclusividade da doutrina dos espíritos e sim, uma lei natural exercida pelo homem. Nada tem de paranormal, pois é do espírito e limitada pelo organismo e inerente ao médium, tendo a mente, propriedades para desenvolver essa faculdade, dentro de estudos sérios e das práticas seguras.
Muito se fala sobre fenômenos mediúnicos e fenômenos anímicos, mas poucas diferenças existem entre ambos, pois o desdobramento da consciência se faz necessária para os dois fenômenos, o primeiro tem a participação de um agente desencarnado e o médium, o segundo geralmente é realizado pelo próprio espírito do médium, muita das vezes de encarnado pra encarnado nos casos de telepatia. Todos os trabalhos de comunicação mediúnica têm por regra, segundo Kardec, a participação em algum grau do médium, sendo impossível a total passividade no trabalho, isso se chama animismo.
A análise dessa interferência causada pelo médium é de vital importância no desenvolvimento, sendo o estudo do processo, instrumento para a total compreensão do mecanismo de comunicação e sua segurança. O médium precisa ter a capacidade de controlar com responsabilidade e filtrar as informações que estejam dentro dos postulados cristãos e em caso de trabalhos de desobesessão, evitar exageros possíveis de irmãos em estágios de inferioridade moral.
A ciência espírita já nos dá uma visão do circuito fechado mediúnico, fazendo uma grandiosa analogia entre o circuito elétrico, suas características e elementos que formam e produzem corrente elétrica devido a diferença de potencial entre dois pólos. André Luiz no livro Mecanismos da Mediunidade faz a comparação de forma grandiosa e inteligente, a fim de basear o entendimento sobre algo já conhecido pelo homem. Acima na fig. 1.0, veremos a similaridade entre os dois circuitos:


Basicamente temos um circuito de corrente direta na qual uma bateria fornece corrente para uma lâmpada produzindo luz. No caso do circuito mediúnico, o espírito comunicante faz às vezes da pequena bateria e a lâmpada a do médium atuante.
Temos o fio condutor por onde flui a corrente contínua no circuito elétrico, já no circuito mediúnico, o condutor é o meio, ou seja, o fluido que nos envolve e que faz parte do princípio de tudo que conhecemos, exceto a constituição do espírito. A corrente de pensamento é o agente causador da indução no médium, produzido pela vontade do espírito comunicante e sintonizado pela afinidade do médium, através do complexo glandular, epífise – hipófise no corpo carnal, coronário e frontal no perispírito e chamados de sistema transdutor de freqüências ondulatórias fazendo a analogia com o rádio comum.
A resistência que cada circuito possui é proporcional ao elemento do fio condutor, sua espessura, material e comprimento. No caso do circuito mediúnico, a resistência é proporcional a qualidade moral e intelectual do médium, seus procedimentos antes do trabalho, sua alimentação e principalmente o tipo de pensamentos que cultivou durante e antes a comunicação.
Por último e não menos importante, o dispositivo de fechamento do circuito, ou seja, o interruptor fazedor da chegada da corrente a lâmpada. No sistema mediúnico, a chave pode ser interpretada segundo André Luiz, pela aceitação e conscientização da faculdade mediúnica que possui cada irmão e o seu compromisso perante a seara do Senhor, podendo a mesma ser fechada de maneira consciente e voluntária, característica essas dos trabalhadores e estudiosos, como a mesma pode ser fechada de maneira inconsciente e perigosa, características essas dos leigos.



Faça sua escolha...




Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei...

Abrssss


Continuem assim.